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Depois de ver uma sequência de prefeitos abandonarem seu projeto, ACM Neto passou a mirar outro alvo na base governista: deputados estaduais praticamente fora do jogo de 2026. Os primeiros a aderir foram Nelson Leal e Cafu Barreto, dois parlamentares que, nos bastidores, já eram tratados como cartas fora do baralho para a próxima eleição.
Nelson Leal, completamente isolado dentro de seu partido e sem espaço no governo, já havia decidido não disputar a reeleição. Sem rumo e com perspectivas eleitorais quase nulas, acabou encontrando em Neto uma saída para seguir relevante no cenário político. A leitura é simples: se fosse para enfrentar as urnas, perderia.
Cafu Barreto vive situação ainda mais delicada. Ele perdeu força na região de Irecê, sua principal base, e em Ibititá, onde foi prefeito, ele faz oposição ao prefeito, que é da base de Jerônimo, e sua votação deve cair pela metade.
Nos bastidores, sempre se soube que sua reeleição seria difícil, mesmo dentro da chapa governista. Agora, ele se agarra à ideia de que terá mais chances com o apoio de Nelson Leal, que anunciou aposentadoria das urnas. Para piorar, Cafu traiu seu próprio grupo político, viu seu candidato ficar em terceiro lugar em Ibititá e agora aposta que os votos de Leal migrarão para ele, ironizam aliados.
